28 agosto 2006

Simbologias

Num dos dias em Marraquexe, eu vesti esta túnica, uma vez que íamos estar com uma família muito tradicional e nós, as mulheres do grupo, devíamos ter atenção à forma como íamos vestidas para não se criarem barreiras.

Uma das coisas que me incomodou quase todo o tempo em Marrocos foi a forma como as mulheres estavam vestidas: com a túnica e normalmente um ou mais lenços a tapar a cabeça e/ou a cara.

Houve momentos em que eu andava na rua e olhava para o chão, porque só de olhar para as mulheres eu sentia-me tão mal...

Passado alguns dias eu entendi que tudo aquilo que eu sentia não era imaginação minha... por um lado, Deus permitiu que eu sentisse isso com um objectivo; por outro lado, como sempre, o inimigo tenta aproveitar-se das situações, tentando me incomodar com tudo e mais alguma coisa, e uma coisa eu sabia que ele tentava me fazer sentir: nunca mais querer voltar àquele lugar.

Neste dia lá vesti a túnica e lá fui. Mais uma vez me senti muito mal durante todo aquele dia.

A família era adorável, gostei muito de conhecê-los e durante todo o dia uma dessas pessoas fez-nos uma surpresa e levou-nos a conhecer uma autêntico paraíso em Marrrocos: quedas de água nas montanhas Atlas.

O lugar era lindo e ainda mais lindo se tornou por ser um autêntico oásis no meio da sequidão que nos rodeava. Estava muito calor nesse dia e aquele lugar era muito fresco. A Água chegava mesmo a ser gelada.

Apesar de tudo isso, eu não consegui aproveitar minimamente o dia nem o lugar... o peso que sentia sobre mim era muito grande e parecia que nada nem ninguém poderia ajudar-me... só eu sabia o que sentia e era a única pessoa que estava assim... e nesses momentos, é complicado explicar a quem não está a viver a mesma coisa que nós estamos a viver...

Durante todo o dia, o meu desejo era despir aquela túnica. Parecia que não a conseguia suportar, mas não sabia bem porquê... "Que parvoíce a minha", pensava eu...

Mas algo aconteceu... quando eu cheguei ao meu quarto, no fim do dia, e despi aquela túnica, senti um alívio tão grande... aos poucos Deus foi dando o alívio ao que eu sentia, no decorrer daquela noite.

Engraçado que vestir aquela túnica fez-me uma impressão imensa, e naqueles dias eu senti que nunca mais a iria vestir... não aguentava o peso...

Durante toda a minha vida cristã fui ensinada a não ligar a simbologias... elas não têm importância na vida espiritual, daí aquele episódio me ter feito alguma confusão...

Mas hoje eu posso ver que existem inúmeras simbologias na Bíblia e muitas vezes Deus resolve utilizar símbolos, imagens de algo, para transmitir e/ou fazer alguma coisa acontecer no Reino Espiritual. Não é assim tão estranho...

Jeremias...

Deus levou-o a comprar e vestir uns calções de linho, com um objectivo divino;

Deus levou-o a comprar uma bilha de barro, com um objectivo divino;

Deus levou-o a observar um cesto de figos, para lhe transmitir uma mensagem;

Deus levou-o a levar no seu pescoço um jugo em madeira, quando se dirigiu ao falso profeta Ananias, em frente de todos.

E muitos mais exemplos poderia referir...


Já aqui em Portugal, eu entendi que o que senti com aquela túnica sobre a minha pele foi uma porçãozinha (que eu poderia aguentar, claro) da opressão espiritual que está sobre as mulheres marroquinas...

Não sei porque Deus permitiu que sentisse isso dessa forma, nem o que Ele deseja de mim nesse sentido, mas sei que aquela túnica funcionou como um símbolo de algo que existe no Reino espiritual naquele lugar e sobretudo sobre as mulheres.

Sei que pelo menos serviu para isso ficar bem marcado no meu coração, pois quando podemos colocar-nos no lugar de alguém, é mais fácil e espontâneo apresentarmos esse alguém aos pés do Senhor. Porque pudemos experimentar na nossa pele...

Quando o Pai constrange o nosso coração com alguma coisa, normalmente é para nos levar a fazer ou viver algo relacionado com isso, porque não há nada no Reino espiritual que possamos desejar por nós próprios, tudo vem dele.

Tens sentido algum constrangimento por alguém ou por um grupo de pessoas, ou por uma Nação, ou seja pelo que fôr?

Não vem de ti... e Deus te mostrará o porquê de sentires isso...

25 agosto 2006

O poder da Palavra

Nesta foto estão três Biblias ao pé de um Alcorão.

Foi uma foto tirada na casa de um dos nossos amigos Marroquinos, e quando eu olhei para a prateleira e vi esta imagem, pensei logo em fotografá-la, pois simboliza bem o que Deus está lá a fazer.

O poder de Deus é superior a todas as coisas.

E no decorrer do nosso tempo em Marraquexe, eu vim a aprender algo mais sobre a Palavra de Deus.

Numa das situações que vivi, pude experimentar, sentir mesmo o poder da Palavra em si mesma.

Íamos no carro, regressando de Marraquexe para Salé, e no carro estava um dos nossos amigos muçulmanos.

A meio da viagem, Deus proporcionou uma conversa entre ele e dois irmãos meus, sobre Deus, sobre Cristo, e de imediato eu e o meu querido demos as mãos no banco da frente e começámos a orar, a interceder pelo que estava a acontecer, para que o Espírito se movesse e o constrangesse.

Mas ao mesmo tempo, a opressão espiritual que começámos a sentir foi muito forte, muito incomodativa.

A viagem foi longa e a luta espiritual continuava...

Parámos para almoçar e foi quando eu comecei a ficar doente. Parecia que não aguentava mais fisica e psicologicamente essa viagem. Então, aproveitei a paragem e tirei a Bíblia da bagageira e levei-a comigo.

Retomámos a viagem e eu abri a Bíblia e levei-a sempre aberta no meu colo.

E a partir daquele momento, cada vez que Satanás se fazia sentir, eu olhava para a minha Bíblia e sentia que ela tinha um grande poder, dado por Deus, pelo Seu Espírito.

Quase que conseguia ver LUZ que saia das suas páginas, luz que dissipava as trevas que nos rodeavam.

Não menosprezemos a Palavra de Deus. Paulo bem disse que ela é VIVA E EFICAZ. Ela contém as doces e poderosas palavras de Deus, e isso é algo que afasta o inimigo.

A Bíblia contém uma mensagem de amor e Satanás foge do amor.

O Espírito de Deus usa a Palavra de Deus e fá-la poderosa no combate espiritual, e num locar de sequidão como o lugar onde nos encontrávamos, até o simples facto de ela estar aberta fez a diferença no ambiente espiritual.

Que ela habite cada vez mais no meu e no teu coração e na nossa boca.

22 agosto 2006

Uma visão tão especial


No segundo Domingo em Marrocos, no dia 6 de Agosto, fomos conhecer e cultuar com os nossos irmãos da Igreja Internacional de Marrocos.

No dia dos anos da nossa querida menina...

O Senhor já andava a falar tantas coisas ao meu coração que quando eu lá cheguei, mesmo não entendendo muito bem tudo o que era falado e cantado (era em Francês com um sotaque dos países do sul de África hehehe), o meu coração voava.

A língua não foi impedimento para ouvir e relacionar-me com o Pai e com o Espírito naquela manhã... aliás, a voz de Deus estava mais que nítida e eu sentia o Espírito de uma forma tão real que esqueci tudo o resto que se passava. Ali estavamos só eu e Deus.

E Deus criou mesmo uma barreira à minha volta... eu só o ouvia a Ele, Eu só O adorava a ELE.

Até que num determinado momento, estava eu adorando o Pai, com os meus braços abertos para Ele, dando-Lhe tudo de mim naquele momento, Ele resolveu dar-me deu uma visão.

Ele sabia que enquanto eu O estava adorando, Portugal estava no meu coração. E nós falámos muito disso enquanto eu O adorava.

E naquele momento Deus resolveu descortinar um pouco o que está e vai acontecer com a minha Nação, a Terra da Tranformação, como alguém muito especial para mim ouviu dizer da boca do Pai.

Eu pude ver claramente JESUS. Jesus no cimo de um monte. E eu estava a ver tudo de longe, fora da situação.

Na planície perto do monte estava uma multidão: Os filhos portugueses, a Igreja de Jesus em Portugal.

E enquanto eu olhava para Jesus, a multidão estava estática, mas quando eu resolvi observar a multidão, comecei a vê-la a ajoelhar-se, em grande pranto. E pensei: "Porquê, meu Senhor?"

E o meu amado Jesus respondeu:

"Porque eles precisam de passar por isso. Eles estão com dores de parto, precisam passar por elas... Estão a gemer de dores, porque estão a entender que me desprezaram este tempo todo, que têm adorado um Deus diferente de mim, do meu Pai e do meu Espírito. Eles estão a entender que têm colocado os seus planos pessoais à minha frente, ainda que com uma capa de religiosidade. Eles têm de gemer e humilhar-se. Observa-os."

E eu observei-os, mais uma vez. E vi-os contorcendo-se, ajoelhados, prostrados, chorando compulsivamente. Até que a multidão começou a acalmar. E eu olhei de novo para Jesus.

Ele já não estava com os seus pés no cimo do monte. Estava a pairar no ar, com os braços abertos, olhando para a multidão e soprando, soprando, soprando...

E comecei a ver a multidão ainda mais calma... mais serena, como se de algo muito forte se tivesse libertado com tanto choro, tantos gemidos, tantas lágrimas... Comecei a ver pessoas a levantar a sua face do chão, do pó, e a olhar para cima... com um sorriso, com uma expressão diferente, mais tranquila e humilde... mais doce...

E muitos começaram a louvar a Deus pela transformação da morte em vida! Pela renovação que podiam sentir... eram novas pessoas!! Como não se alegrarem?? E rapidamente o choro e o pranto ficou para trás.

E Jesus continuava soprando... só não consegui ver se todos da multidão viveram isso... se não vi foi porque Deus não quis mostrar... verei com os olhos da fé.

Depois desta visão, o meu coração pulava e mais uma vez eu senti-me fora dali... da minha boca só saiam palavras de agradecimento, louvor a Deus e gargalhadas, estranhas para quem me rodeava (hihihihihi mais uma vez só o meu amado marido me compreendeu...).

E naquele momento eu só podia louvar a Deus falando uma língua que Ele mesmo inspirava. As minhas palavras não serviam, não conseguiam exprimir...

Deus tinha-me prometido, através daquela visão, o que Ele vai fazer acontecer na Nação Portuguesa.

E eu pensei: "Mas porque é que me estás a mostrar isto a mim? Que tenho eu a ver com isso?"

Assim que um irmão começou a ler Isaías 40, entendi.

"Reconfortem o meu povo, reconfortem-no, é o vosso Deus quem o pede.
Ouço uma voz gritar: Preparem no deserto o caminho do Senhor, na estepe, abram uma calçada para o nosso Deus." Isaías 40:1,3

Tudo isto aconteceu no dia de anos de uma menina que eu amo tanto. Poderia ter sido coincidência apenas. Mas alguns dias depois, entendi o porquê, e aqui o deixo para a minha companheira de firmeza e fé e respectiva família:

"Os seus descendentes serão conhecidos em toda a parte e entre todas as nações; os que viram reconhecerão que sois a raça que o Senhor abençoou." Isaías 61:9

Isto é para os vossos filhos e para os nossos filhos.

Igreja portuguesa, o Senhor está a constranger-te. As dores de parto estão a começar! Mas a tua libertação está a acontecer! ALELUIA àquele que sopra ventos de renovação, àquele que sopra o Seu Espírito Santo, àquele que sopra um agir de Cura, de Renovo, de Restauração, de CRIAÇÃO NOVA.

Um momento de música e adoração

19 agosto 2006

Negar-me a mim mesma

Marraquexe

Passados 7 dias, comecei a ficar cansada de estar sempre com pessoas, não ter praticamente tempo para estar um bocado a sós, ter o meu tempinho que me é tão necessário... para estar mais intimamente com o meu Pai e com o meu amado marido.

Como pessoa introvertida e mais qualquer coisa que não sei definir (hihihi) que sou, tenho esta necessidade.

E uma palavra Deus começou a trazer à minha mente: ABNEGAÇÃO, ou seja, negar os meus próprios interesses em prol das pessoas que me rodeavam, do propósito que me levou lá.

Muitas vezes é fácil dizer a Deus que estamos dispostos a deixar tudo, a negarmo-nos a nós mesmos, quando estamos no conforto do nosso lar, no conforto da nossa vida... mas quando as coisas que prezamos, ainda que não sejam materiais, como foi o meu caso, nos começam a faltar, o nosso sinal de alerta começa a piscar.

E o meu começou.

E Deus trouxe ao meu coração, com todo o amor, as seguintes perguntas:

- Jesus também andava quase sempre rodeado de pessoas. Será que Ele não ficava cansado disso?

- Será que Ele também não sentia falta de estar a sós com o Pai e com os discípulos?

- Será que os discípulos não ficavam também por vezes cansados de tanta gente que os rodeava a toda a hora?


E eu reflecti nestas perguntas e cheguei a uma conclusão: Sim, tanto Jesus como os discípulos procuraram estar a sós com o Pai e uns com os outros, mas muitas vezes esses momentos foram interrompidos por multidões, por pessoas. E nem uma vez sequer as multidões ou as pessoas foram mandadas embora sem uma palavra de Jesus, sem um milagre, sem alguma coisa. Porque afinal, Ele veio para isso.

E eu entendi que eu precisava esquecer a minha necessidade e olhar para a razão de ali estar.

Não estava ali para levar o Reino de Deus que está dentro de mim aos que me rodeiam? Estava.

Orei e pedi ajuda ao Pai.

E mais uma vez, Ele respondeu-me. Fez com que começasse a ter tempo para tudo, porque eu decidi negar-me. E tudo o que sentia desapareceu.

Negarmo-nos a nós mesmos... mesmo que implique negar coisas que nos parecem tão fundamentais e positivas.

E tu?

16 agosto 2006

O início das revelações


Passados 6 dias em Salé, Deus começou a revelar-me coisas tremendas nos meus tempos a sós com Ele.

Já em Portugal Deus me tinha falado sobre a necessidade de preparar o caminho d'Ele aqui em Portugal e estando os meus pés a pisar aquele solo marroquino, Deus resolveu começar a falar-me de coisas relacionandas com a Nação Portuguesa e a obra que Ele está a fazer e que vai continuar a fazer.

E uma das frases ditas por Deus ao meu coração, com todas as letras, foi:

PORTUGAL, alvo do avivamento do Senhor, de onde sairão missionários para Marrocos, todo o Norte de África e outros países não alcançados.

Mas para que isso aconteça, algo Deus já começou a fazer em Portugal.

"Sobre as tuas muralhas, ó Jerusalém, coloquei sentinelas. Elas nunca se poderão calar, nem de dia, nem de noite. Não fiquem calados os que lembram Jerusalém ao Senhor; não tenham qualquer repouso, não permitam que Ele descanse até que dê a Jerusalém estabilidade e faça dela a admiração da terra." Isaías 62:6,7

E Deus começou a mostrar-me que Portugal vai ser a admiração da terra, mas para isso acontecer, Ele resolveu colocar sentinelas que não se podem calar nenhum segundo sequer. Estas sentinelas têm de interceder junto do Pai, para que este plano se cumpra.

E uma questão surgiu no meu coração: Mas Pai, se Tu queres fazer isso em Portugal, porque não fazes simplesmente? Eu sei que Tu tens poder para fazer seja o que fôr, nada é difícil para Ti, logo, para que vais tu "depender" da intercessão de sentinelas para moveres o Teu braço?

E Deus mostrou-me que Ele deseja que assim seja, porque quer dar esse privilégio aos filhos escolhidos para isso. Desde o início de tudo, Ele resolveu agir através dos homens, e agora não ia ser diferente.

Um clamor tem de ser levantado, e eu fui escolhida para ser uma das sentinelas, foi algo que ficou muito claro no meu coração naquele momento.

E coisas sobre o estado da Igreja portuguesa começaram a ser-me reveladas.

"Onde está aquele que pôs o seu Santo Espírito no meio do Seu povo?" Isaías 63:11b

E esta é uma pergunta que a Igreja portuguesa irá fazer quando abrir os seus olhos. Deus está muito pouco presente no nosso meio, Igreja portuguesa, porque houve um banalizar das coisas espirituais. Há uma religiosidade e mediocridade que aos poucos se foi infiltrando dentro das mentes e corações e que faz com que Deus não se manifeste no nosso meio da mesma forma, de tal maneira que por vezes apetece perguntar:

ONDE ESTÁS, TU QUE NOS DESTE O TEU SANTO ESPÍRITO?

Tal como nos tempos de Samuel. Diz a Bíblia que:

"Naqueles tempos era raro alguém receber uma mensagem do Senhor, pois ele a poucos se revelava." I Sm 3:1

E Deus mostrou-me que a Sua Igreja precisa voltar a entender que as coisas espirituais são mais preciosas que o ouro. A banalidade precisa desaparacer e a Igreja precisa voltar a acreditar na existência de Deus. Sim, porque deixou de acreditar no Deus da Bíblia e começou a acreditar e falar de um Deus que nada tem a ver com o Deus verdadeiro.

O Espírito Santo é muito valorizado por Deus e a Igreja precisa conhecê-Lo e voltar a relacionar-se de uma forma amorosa, íntima e verdadeira com Ele. Precisa aprender a reconhecê-Lo e a mover-se n'Ele.

E Deus mostrou-me que o começo é por aí. E que isso vai acontecer. E o caminho precisa ser preparado para que isso aconteça.

E Deus andará no caminho, bem no meio da Igreja. Ele, Jesus e o Seu Espírito, que se moverá no nosso meio com grande liberdade.

E o meu coração ficou cheio com todas estas palavras e presença.

Salé

O primeiro lugar onde nos dirigimos e aí permanecemos 11 dias foi Salé, cidade vizinha de Rabat, a capital do Reino de Marrocos.

Salé é a cidade mais antiga de Marrocos e também o berço do Cristianismo daquela Nação.

Nos primeiros dias foi horrível estar em Marrocos.

Eu que sou uma pessoa aventureira, que gosta de conhecer lugares novos, culturas novas, senti-me muito mal. Nunca desejei tanto voltar para a minha casa como naqueles primeiros dois dias. E algo não me deixava entender o porquê de eu estar com aquele sentimento.

Arrependi-me profundamente de lá ter ido.

Até que, num momento mais chegado com Deus, entendi que o que se estava a passar era uma armadilha de Satanás sobre mim. O inimigo estava a tentar cegar-me espiritualmente, mostrando-me apenas as coisas más que eu podia ver com os meus olhos e impedindo-me de ter uma perspectiva espiritual daquele lugar e daquelas pessoas.

Nesses dias, eu sentia um véu sobre mim, me cegando, algo que eu não tinha vivido até aqueles dias. Fisicamente sentia-me fraca, muito fraca, e os cheiros davam-me vómitos. Olhar para as mulheres de túnica e algumas de cara completamente tapada, dava-me vómitos. Sentia que o meu corpo não ia aguentar.

Sentia-me a caminhar como se estivesse flutuanto. Fora daquela realidade, sem conseguir ver como Jesus vê, sem conseguir sentir como Jesus sente e tive de pedir ao Pai que me ajudasse a amar aquelas pessoas, que Ele tirasse o véu de trevas que estava sobre mim me cegando e me ajudasse a olhar tudo com os seus olhos.

E a minha oração foi:

Quebra todo o jugo no meu interior e exterior.

Rompe as cadeias, liberta-me, Senhor

Quero ver as coisas como Tu vês

E Deus respondeu. Nesse mesmo dia eu comecei a amar aquele lugar e aquelas pessoas.

Rio para as nações

Este blog é um espaço onde irei colocando informações sobre outros lugares, outras nações onde o Senhor me levar.

Pela fé, sei que estarão aqui representados vários países, começando com os países do Norte de África.

Começarei por colocar fotos e conversas sobre Marrocos, viagem que fiz do dia 29 de Julho a 14 de Agosto de 2006.

Deus vos abençoe!